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Celebração dos 75 anos do Patronato da Mêda

75 Anos do Patronato, Homenagem ao Padre José Maria de Lacerda e bênção das obras de restauro da Capela de Nossa Senhora das Tábuas

“Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia” (Mt 5,7).

Foi com este espírito das Bem-Aventuranças que, no passado dia 27 de setembro, celebramos com gratidão e alegria, uma tríplice dádiva: os 75 anos de vida do Instituto D. Maria do Carmo Lacerda Faria, mais conhecido como Patronato de Mêda; a memória viva do Padre José Maria de Lacerda que, ao longo de 48 anos, viveu a sua longa e profícua missão sacerdotal nesta comunidade; e a bênção das obras de restauro da mais antiga capela do concelho da Mêda, datada e com vestígios da época dos Templários e dedicada a Nossa Senhora das Tábuas.

Foi graças à visão pastoral do Pe. Lacerda, ao seu coração generoso e à sua dedicação incansável que o Patronato, uma obra de amor, pôde começar, crescer e tornar-se um verdadeiro farol de esperança para tantos. O Padre José Maria acreditava que servir a Deus é servir os irmãos e fez da sua vida um exemplo de amor em ação, concretizando assim o sonho maior da D. Carminho: com os bens que esta senhora deixou em testamento, conseguir a criação de uma instituição educativa de apoio aos mais pequenos.

Volvidos que são setenta e cinco anos, da existência de uma instituição cristã orientada pelos princípios e pela Doutrina Social da Igreja, vemos nesta casa o fruto abundante da semente lançada. Como a pequena semente de mostarda que cresce e se torna árvore (cf. Mt 13,31-32), também esta obra cresceu, dando sombra, alimento, dignidade e esperança, educação e valores a tantas vidas. 

Ao longo destas sete décadas e meia, foram já alguns milhares de crianças, adolescentes, jovens e adultos que puderam usufruir e beneficiar de tantos serviços que esta instituição pode prestar: desde a catequese à formação cristã, da aprendizagem da costura à culinária, das aulas de música à educação das crianças através das valências de creche e pré-escolar, desde a sopa dos pobres ao forno comunitário, foram muitas pessoas de todas as famílias desta comunidade, que nesta casa receberam e recebem alguma semente, que as ajudaram e ajudam a crescer como árvores  que dão bons frutos.

Neste dia, erguemos a Deus a nossa ação de graças por este jubileu da esperança, pedindo que a memória da fundadora da instituição, D. Maria do Carmo Lacerda Faria e também a memória do Padre José Maria, (que foram mais uma vez homenageados por parte da paróquia e do Patronato), sejam para todos nós, farol de fidelidade, de entrega e de confiança na Providência Divina. Esta celebração também teve como intenção, pedir que o Espírito Santo continue a inspirar todos aqueles que trabalham e servem nesta casa, para que esta missão seja sempre um reflexo do mandamento maior do Evangelho: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mt 22,39).

Na celebração da Eucaristia, presidida pelo nosso Bispo, D. António Couto, agradecemos a Deus pelos 75 anos de vida desta instituição, que tem por lema “uma porta sempre aberta” e por todos aqueles que, seguindo o exemplo do Evangelho, foram instrumentos ao longo dos tempos e continuam a fazer da fé um gesto de serviço, da esperança um caminho de vida e da caridade um abraço aberto a todos.

Neste dia de júbilo, tivemos ainda a graça, de participar na bênção das obras de restauro da antiquíssima capela de Nossa Senhora das Tábuas, testemunha silenciosa dos primórdios da nossa nacionalidade. Lugar sagrado com marcas templárias e guardião de uma pintura mural de inestimável valor. Este templo primitivo é sinal visível da fé que moldou a história desta terra e deste concelho. Ao recuperarmos todo um património de inegável valor e beleza, não apenas preservamos um património artístico, mas também reavivamos a memória de gerações que, antes de nós, nesta capela elevaram a Deus as suas preces, pediram graças e fizeram promessas, receberam milagres e souberam agradecer.

Que esta capela restaurada, continue a ser casa de oração e fonte de graça para o povo de Deus e que a exemplo dos nossos antepassados possamos olhar e invocar Nossa Senhora como tábua da nossa salvação, recordando a lenda de um náufrago, que em alto mar se agarrou a uma tábua da embarcação, e prometeu a Nossa Senhora, caso se salvasse mandaria construir uma capela, invocando essa proteção.

Que Maria, fonte de esperança, refúgio dos pecadores e consoladora dos aflitos, nos continue a proteger nas tempestades deste mundo.

Terminamos a tarde de ação de graças, com um lanche aberto à comunidade, conscientes que esta celebração não foi apenas memória de um passado, mas também apelo ao futuro.

Que a chama da solidariedade nunca se apague, que a inspiração das Bem-Aventuranças, ditadas por Jesus, continue a guiar os nossos passos, e que cada um de nós se sinta chamado a ser parte desta obra de amor.

 

Pe. Basílio Firmino, in Voz de Lamego, ano 95/44, n.º 4821, de 8 de outubro de 2025

 

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