COVID 19 - Mensagem de D. António Couto

FECHADOS EM CASA, POR AMOR, POR FAVOR

1. Nesta hora crítica, em termos de saúde pública, em que se tornou necessário reunir todas as nossas forças, inteligência, alma e vontade, e lançar mão de medidas de exceção nunca antes vistas sobre a terra, quero expressar a todos os diocesanos de Lamego, que vivem nas suas 223 Paróquias, ou no mundo da emigração, a minha total comunhão e a garantia da minha presença e da minha oração, e o conforto da esperança, flor que Deus nunca permitirá que deixe de alumiar os meus olhos e os meus passos. Quero que saibais, meus irmãos e irmãs, que diariamente, às 10h00, às 17h00 e às 22h00, estarei a rezar por todos vós em comunhão com o Bom Deus e com todos vós.

2. Quero apelar a todos os sacerdotes do nosso presbitério de Lamego para que tomem consciência de que a principal missão que lhes é pedida, nesta hora de crise, que continua a ser também e sempre hora de graça, é a de rezar diariamente por todo o Povo Santo de Deus, sobretudo por aqueles irmãos e irmãs que vos estão particularmente confiados. Não se realizando celebrações comunitárias da Eucaristia, é bom que o Povo Santo de Deus saiba e sinta que os seus párocos e todos os sacerdotes e consagrados cumprem diariamente, ainda com maior amplitude, intensidade e fervor, a missão que Deus lhes confiou de rezar por todos.

3. Apelo a todos os fiéis para que não nos separemos, mas nos mantenhamos atentos e unidos, ainda mais atentos e unidos, para sabermos enfrentar com esperança e determinação este tempo de crise, que pode ser mais longo e difícil do que aquilo que agora possamos imaginar. A oração e a meditação dos mistérios do Senhor são excelentes exercícios e ótimos remédios que podemos realizar e utilizar em casa e em família e que elevarão o nosso espírito até ao Bom Deus, dispensador de todos os Bens.

4. O “isolamento social” a que todos nos devemos votar é determinante para o bem de todos e de cada um. “Fechados em casa” pode ser também um ato de amor. É também uma forma de vivermos intensa e santamente o Tempo Santo da Quaresma e de podermos experimentar desde já a operar em nós a «força da sua Ressurreição» (Filipenses 3,10). “Fechados em casa” podemos sempre consolar o coração com as celebrações que chegarão até nós via televisão, rádio e mundo digital.

5. Nesta hora crítica e difícil, acudamos uns aos outros. Rezemos uns pelos outros. Não esqueçamos os médicos e enfermeiros e todos aqueles que, na primeira linha, combatem este flagelo. Que ninguém se ponha de lado. Que ninguém seja marginalizado. Especial atenção merecem e necessitam os doentes e os mais fragilizados. A todos peço a máxima atenção e dedicação. A todos peço responsabilidade, seriedade, serenidade e determinação para entrarmos juntos nesta “luta do amor”, sendo que o amor é sempre uma luta, uma guerra, que nos tem de mobilizar a todos. «Lutai comigo na oração» (Romanos 15,30), pedia Paulo desde Corinto, prevendo as dificuldades que o esperavam em Jerusalém e Roma.

6. Para que estejam sempre ao nosso lado e lutem connosco nesta “luta do amor”, convoco hoje também, com uma invocação particular, Nossa senhora dos Remédios, Nossa Mãe sempre atenta e dedicada, e São Sebastião, nosso padroeiro e protetor em todas as circunstâncias adversas, como é hoje esta terrível doença que afeta a humanidade.

Nossa Senhora dos Remédios, rogai por nós!
São Sebastião, rogai por nós!

Em tudo e sempre, sobretudo nesta hora de luta que reclama de nós todo o empenho, contai sempre com o vosso bispo e irmão, + António, que a todos acompanha e abençoa.

Lamego, 15 de março de 2020, Domingo III da Quaresma

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