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Apresentação da obra do Pe. José Francisco sobre Sande

A 10 de setembro, Domingo, foi apresentado, na Igreja Matriz de Sande, o livro “Sande Sob o Meu Olhar, Alguns Factos e História” da autoria do seu pároco, o cónego José Francisco. Este é mais um contributo para a história da freguesia e paróquia de Sande.
Na presente obra, o autor enumera as tradições culturais e cultuais de Sande e descreve a paisagem, o povoado, os caminhos, as pessoas, a gastronomia e o vestuário, mostrando verdadeiramente Sande de corpo e alma.
Em tarde de alguma chuva - a anunciar o outono - e em plena época de vindimas, o templo encheu numa sessão cultural onde houve espaço para a apresentação do livro, a cargo do Sr. Pró Vigário Geral e Cónego, Pe. João Carlos, entremeada com cânticos primorosamente executados pelo grupo coral da paróquia; declamação de poemas do autor, pelos jovens de Sande; intervenção da Presidente da Junta, Eng.ª Sameiro, que agradeceu o todo o trabalho do Pe. José Francisco na paróquia e mais este contributo que enriquece a freguesia; sessão de autógrafos, e no fim um lanche-convívio patrocinado pela Junta de freguesia.
Para ficarmos dentro desta obra, a apresentação feita pelo Pe. João Carlos, fixada por escrito no próprio livro:

Sande é uma freguesia e paróquia do Concelho e Diocese de Lamego, situada num vale aprazível, junto ao rio Varosa e com um aglomerado de casas tão típico, que é conhecida como o Presépio da Beira Douro.
O Cónego José Francisco Carvalho da Silva é pároco de Sande há dezoito anos e, todos os que o conhecemos, de perto, sabemos o carinho com que fala da sua paróquia e o cuidado que os seus paroquianos, desde as crianças aos idosos e doentes, lhe merecem.
Fala com orgulho do progresso das suas gentes, nos diversos âmbitos e etapas da vida. E das suas dores. Como se uns e outros fossem seus também. Por isso, acompanha, de perto, as efemérides marcantes da paróquia. O que o levou a celebrar os trezentos anos da Igreja Matriz com a publicação de um livro sobre a mesma. E agora, a inauguração de um novo equipamento paroquial, é a razão próxima desta obra.
Trata-se da mesma preocupação pastoral: descobrir as raízes históricas da paróquia para lembrar, com humildade, que a história de um povo não começa connosco. Somos herdeiros de um património material e imaterial que devemos preservar e transmitir de uma forma agradecida e renovada.

O autor enumera as tradições culturais e cultuais de Sande, e, como estas têm sido aproveitadas e valorizadas, de forma criativa, para não se perderem e para se cumprirem a si mesmas naquela que é a sua missão de sempre: alimentar a fé do povo e construir a Esperança que permite viver o presente e apontar para a eternidade.
Mas o seu olhar sobre Sande estende-se para lá da religiosidade e espraia-se pela paisagem, pelo povoado, pelos caminhos, pelas pessoas e seus costumes domésticos e laborais, pela gastronomia e pelo vestuário. Tudo é expressão da alma sandina. Verdadeiramente é Sande em corpo e alma que aqui encontramos e que se sintetiza nos poemas finais da sua autoria: O Chão de Sande e São Tiago, apóstolo e padroeiro.
Não se esquece de homenagear os párocos e os colaboradores que construíram a História, desta terra, no serviço abnegado ao Povo.

Impressiona e comove o “olhar franciscano” com que o Padre Francisco observa Sande: o ciclo litúrgico que acompanha o ciclo das estações do ano, a beleza das criaturas que falam da perfeição do Criador, as vias-sacras, caminhadas e terços nos e aos lugares mais expressivos da geografia da freguesia e da devoção do povo. Como fazia São Francisco de Assis.
Talvez a explicação se encontre no motivo desta edição.

O livro sai agora, mas a motivação vem do tempo longínquo da infância, em que o Autor, jovem seminarista de treze anos de idade, aqui faz a Visita Pascal e, como adolescente, tudo absorveu com um encanto, que nunca se lhe apagou da memória, porque, como afirma Santo Ireneu: «o que vivemos na infância cresce-nos com a alma».

Depois o caminho continuou no Seminário até à ordenação sacerdotal, como aluno, e prolongou-se, durante vinte e três anos como formador de futuros pastores nos seminários de Resende e de Lamego, para regressar ao “primeiro amor”, em 2004, como pároco da aldeia de ruas estreitas, de casas juntas, de pátios comuns e de jovens que corriam apressadamente no anúncio da alegria pascal. E que o tinha acolhido com simpatia e amabilidade, em 1970.

Este é um livro que, também, se lê com passo apressado dada a vivacidade que o Autor imprime à escrita. A pesquisa é rigorosa nas fontes que consulta e meritória pela recolha das tradições orais, como é caso dos cânticos religiosos populares, que corriam o risco de se perder.

Por tudo isto, e por muito mais, esta obra é um verdadeiro livro de “memórias paroquiais”, sendo um contributo inestimável para a História local, regional e diocesana, que nos deixa profundamente gratos ao Cónego José Francisco.

 

in Voz de Lamego, Ano 93/41, n.º 4721, de 13 de setembro de 2023

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