Laudato Si’ – 10 anos de apostolado ecológico

No passado dia 24 de novembro, a Casa Velha, em Ourém, acolheu um encontro dedicado aos “10 anos da Laudato Si’”. A iniciativa, dinamizada em parceria com a Universidade Católica Portuguesa, a Comissão Nacional Justiça e Paz, a Rede Cuidar da Casa Comum, o Movimento Laudato Si’, a Companhia de Jesus, as Escravas do Sagrado Coração de Jesus e a Agência Ecclesia, reuniu cerca de 150 participantes. O compromisso com a ecologia integral foi reafirmado e voltou a ecoar o alerta para o “desafio urgente” das alterações climáticas.
Inspirada pelo que aí se discutiu e pela Carta publicada após o encontro, a Comissão Diocesana Justiça e Paz da Diocese de Lamego decidiu lançar uma série de reflexões. O objetivo é simples e exigente: refletir sobre a forma como todos tratamos a nossa “Casa Comum”.
Logo no ponto 2 da Encíclica, o Papa Francisco recorda-nos:
“Esta irmã [Terra] clama contra o mal que lhe provocamos por causa do uso irresponsável e do abuso dos bens que Deus nela colocou. Crescemos a pensar que éramos seus proprietários e dominadores, autorizados a saqueá-la. A violência, que está no coração humano ferido pelo pecado, vislumbra-se nos sintomas de doença que notamos no solo, na água, no ar e nos seres vivos.”

A ecologia social atravessa as Sagradas Escrituras. Cabe-nos a coragem de procurar soluções que deixem às gerações futuras um planeta mais saudável. Muitas vezes, este debate é transformado em confronto, quando deveria ser caminho de fraternidade. Precisamos de reencontrar o espírito da “Arca de Noé”: unir esforços para que não seja necessário um novo dilúvio para regenerar a Terra.
No ponto 14 da Encíclica, o Papa insiste:
“Precisamos de um debate que nos una a todos, porque o desafio ambiental, que vivemos, e as suas raízes humanas dizem respeito e têm impacto sobre todos nós.”

É este debate que queremos alimentar. Ao longo dos próximos artigos, procuraremos pontos de comunhão que nos ajudem a tornar mais digna a nossa passagem por esta Criação de Deus.
A Carta do encontro de 25 de novembro do corrente ano sublinha que os pequenos gestos quotidianos — escolhas de consumo, práticas de sobriedade, hábitos de solidariedade — podem transformar comunidades inteiras. É nesse espírito que somos desafiados a integrar esta consciência ecológica na nossa vida pessoal, organizacional e também na vida orante e celebrativa da Igreja. Uma fé que brota em cuidado e responsabilidade.
No próximo artigo, iremos olhar para Jesus e para a raiz humana da crise ecológica. Até lá, convidamos todos a (re)descobrir a Encíclica Laudato Si’ e a deixar-se interpelar pelo seu apelo urgente.

 

António Lucena
Comissão Diocesana Justiça e Paz da Diocese de Lamego, in Voz de Lamego, ano 95/53, n.º 4830, de 10 de dezembro de 2025

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