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65 anos de vida sacerdotal do Pe. Luís Ribeiro da Silva

O padre Luís Ribeiro da Silva, natural da Paróquia de Magueija, nascido a 27 de dezembro de 1933, foi ordenado sacerdote a 15 de agosto de 1960, portanto há 65 anos. O seu trabalho pastoral passou prevalentemente por terras de Tabuaço, como pároco, em Távora, Adorigo, Santa Leocádia, Barcos, Tabuaço, Pinheiros, mas também nas “colónias”, com missões militares, enquanto capelão, em Angola e em Moçambique.

No padre Luís se reconhece a vontade férrea de contribuir para o desenvolvimento do concelho de Tabuaço, envolvendo-se em várias iniciativas e procurando atrair instituições para a terra ou colocá-las ao serviço das populações. A santa Casa da Misericórdia de Tabuaço foi, não apenas um sonho, mas a tradução dessa vontade em criar condições para atender as pessoas mais frágeis, na terceira idade, mas também com outras valências, nomeadamente na creche, infantário, ocupação de tempos livres, espaço para o estudo depois das aulas, dos alunos do ensino público. As obras de misericórdia são parte identitária da vida cristã e, por conseguinte, por maioria de razão, da vida sacerdotal, no compromisso de imitar Jesus, imitando-O no amor, serviço e cuidado a todos, especialmente dos mais vulneráreis.

A Misericórdia de Tabuaço preparou a comemoração dos seus 65 anos de sacerdote, agendando para o dia 19 de agosto, pela dificuldade de tal celebração se realizar no dia 15 de agosto, solenidade da Assunção de Nossa Senhora ao Céu, quando outros compromissos pastorais exigiram e exigiriam a sua presença.

Nesta celebração, também a presença amiga de utentes do Centro de Promoção Social do Concelho de Tabuaço, nomeadamente no Lar Maria de Lurdes Barradas, de que o Pe. Luís também é capelão. A Município fez-se representar pelo seu Presidente, Eng. Carlos Carvalho.

Durante a celebração da santa Missa, o ofertório com alguns símbolos que caracterizam a vida cristã e sacerdotal e o compromisso com a ação caritativa:
“No ofertório, queremos trazer diante do Senhor nosso Deus, o Bom Deus que o padre Luís procurou viver e expressar, com a sua vida, e apesar das fragilidades, contando sempre com a misericórdia divina. Os símbolos avivam algumas das dimensões da vida cristã e sacerdotal

Bíblia – O sacerdote alimenta-se da Palavra de Deus, que em Jesus Cristo se torna Pessoa, Deus connosco, e tem a missão de a proclamar, de a anunciar a todos, da a refletir, para que a Palavra de Deus se faça vida em cada cristão.

Vela – A Palavra de Deus é luz que ilumina o nosso coração e a nossa vida, é luz que alimenta a nossa fé, garante a nossa esperança e compromete-nos com a caridade. No dia do batismo, e nos muitos batismos que o Pe. Luís celebrou, a luz da vela foi acendida no círio pascal, símbolo da Luz que é Cristo Jesus, para que a fé comunicada e recebida, seja amadurecida com a luz que nos vem de Deus.

Água – O sacerdote tem a missão de proclamar o Evangelho, anunciar a Palavra de Deus, mas igualmente é o ministro dos sacramentos. O batismo é o primeiro dos sacramentos. A água recorda-nos o nosso batismo, o nosso nascimento espiritual, pelo qual nos tornamos novas criaturas e somos incorporados ao Corpo de Cristo que é a Igreja.

Azeite – Os óleos benzidos e consagrados integram as propriedades dos sacramentos e de outras bênçãos, desde logo o batismo, o crisma, a santa unção. As mãos do sacerdote foram ungidas a consagradas com o santo óleo, para que, por sua vez, consagrassem e ungissem todos quando se aproximam de Jesus e da Sua Igreja.

Estola – A estola é um símbolo da missão sacerdotal de Jesus Cristo que o ministro ordenado exerce em nome d'Ele. Ao vesti-la, o sacerdote reveste-se de uma identidade espiritual que o liga à missão de mediação entre Deus e a comunidade. Simboliza o suave jugo de Jesus, qual pastor que coloca as ovelhas mais frágeis aos ombros. Em horas felizes e nas horas de tristeza e luto, a missão sacerdotal de interceder e de transportar as preocupações dos crentes.

Cruz – Um dos símbolos maiores do cristianismo é a Cruz. A Cruz simboliza toda a dor e sofrimento de Jesus e, sobretudo, quanto amor manifestou em prol da humanidade.  Na Cruz, o amor mostra-se como entrega total. Jesus gasta-se por inteiro, sem reservar nada para Si. Cada um de nós, e o sacerdote por maioria de razão, terá de tomar a sua Cruz e seguir Jesus e tanto quanto possível, como Jesus, aliviar a cruz dos outros.

Coração – A fé que nos une a Deus não é meramente espiritual ou intelectual, a fé faz-nos querer o que Deus quer. E que quer Deus? Que todos se salvem, que todos formem uma só família, que cada um de nós contribua para o bem dos outros. Amamos a Deus, amando, servindo e cuidando os outros. As obras de misericórdia expressam, traduzem e concretizam o amor de Deus em nós, e de nós aos outros. As obras de misericórdia integram a vida cristã e sacerdotal do Pe. Luís, que ao longo de uma vida se dedicou a defender a nossa terra e a atrair as instituições para o Concelho. Por isso, que não lhe faltem motivos para agradecer e partilhar a vida”.

Os textos da Eucaristia foram os da solenidade da Imaculada Conceição, tendo em conta que Nossa Senhora da Conceição é a Padroeira da Misericórdia de Tabuaço, da paróquia onde está sedeada, e Padroeira de Portugal. Na homilia, o Pe. Luís apresentou Maria como modelo dos cristãos, num convite à conversão de cada um.

No final da Eucaristia, lanche e convívio de utentes e convidados.

 

in Voz de Lamego, ano 95/39, n.º 4815, de 27 de agosto 2025

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