De 8 a 17 de agosto, Trevões recebeu um grupo de 15 jovens espiritanos para viverem a sua Semana Missionária. Aqui fica registado o testemunho de uma dessas jovens:
“No dia 8 de agosto, parti de Lordelo para mais uma missão com o objetivo de voltar a encarar uma nova aventura e encontrar-me com Deus.
Ao chegar a Trevões a simplicidade e a beleza daquela terra encantaram-me logo, mas ficou tudo ainda mais bonito quando conhecemos as pessoas que logo desde o início nos acolheram e fizeram com que nos sentíssemos parte da comunidade.
No início da semana começámos com as visitas aos domicílios, que, apesar do tempo curtíssimo que tínhamos, tentámos sempre ao máximo deixar a nossa marca nas pessoas e dar-nos a conhecer.
Tivemos também as visitas aos lares, onde escutámos histórias de vida carregadas de memórias e ensinamentos e foi onde percebi que, às vezes, a maior necessidade é simplesmente ter alguém que ouça e esteja presente. No lar de Trevões conheci uma pessoa muito especial, a Dona Alzira, em que cada momento que passámos juntas, cada riso partilhado preencheu um pedacinho do meu coração. Foi mesmo muito importante.
No nosso ATL com as crianças, a energia e a alegria delas contagiaram-me, vê-las entretidas e felizes com uma simples brincadeira fizeram-me sentir que o meu dever foi cumprido e com isso aprendi que uma coisa tão comum, como um desenho ou um jogo, pode transmitir um amor tão puro.
Outra das coisas mais marcantes foi, com certeza, todos os momentos que passámos com a comunidade, como o torneio de futebol, o cinema, a visita à queijaria, a manhã que passámos a cortar rebentos e no fim o nosso almoço com a família do Sr. Fernando.
A partilha, a ajuda e o carinho que cada uma daquelas pessoas teve connosco, em especial o Senhor Fernando, a Dona Tininha e o Padre Diogo, fizeram com que tudo valesse a pena.
Sinto que estes 10 dias foram mais que uma missão, foram um encontro com Deus através das pessoas, das visitas, das orações partilhadas e de todos os momentos de alegria. No final da semana percebi que demos tudo o que tínhamos, mas que recebemos em dobro.
Foi com lágrimas de alegria e de saudade e com uma gratidão enorme que deixei esta terra tão bonita!
Beatriz Leal, in Voz de Lamego, ano 95/38, n.º 4814, de 20 de agosto 2025
