A Igreja em Portugal continua empenhada em refletir sobre as conclusões do último sínodo e, essencialmente, sobre a forma como as recomendações do documento final podem e devem ser levadas à prática em cada uma das dioceses.
Durante 3 dias, de 16 a 18 de junho, em Fátima, os trabalhos das Jornadas Pastorais do Episcopado versaram sobre este assunto.
O primeiro dia foi preenchido por uma conferência sobre Teologia e Espiritualidade Sinodal, proferida por D. Alexandre Palma, e posteriormente refletida em grupos constituídos por leigos, clérigos e religiosos das diferentes dioceses e da CIRP.
O segundo dia, no seguimento do que já tinha sido iniciado no Encontro Nacional do dia 11 de janeiro, os delegados das equipas sinodais diocesanas e os bispos de Portugal, adotando uma vez mais o modelo de reflexão e partilha da conversação no Espírito, foram expondo o que têm sido os percursos feitos e os trabalhos realizados para levar por diante a implementação do processo sinodal nas dioceses. As dificuldades gerais vão sendo as mesmas, de diocese para diocese. No entanto, dada a heterogeneidade do território no que toca ao rural e ao urbano, à demografia e ao despovoamento populacional, há dificuldades específicas de cada lugar e de cada realidade paroquial, arciprestal ou diocesana. Em chave sinodal, cada um destes desafios requer esforços e iniciativas de cooperação, partilha de ideias e de soluções, construção de planos de ação comuns.
O terceiro dia serviu para fazer o resumo dos trabalhos e a síntese das reflexões feitas em cada um dos 14 grupos constituídos. Foram apresentadas as conclusões, aos presentes e à comunicação social, com o título: Uma Igreja que caminha em sinodalidade.
Pe. Diamantino Alvaíde, in Voz de Lamego, ano 95/33, n.º 4809, de 2 de julho 2025