Depois de uma longa caminhada de fé, feita de aprendizagens, dúvidas, descobertas e crescimento, chegámos a este momento tão especial: o dia em que recebemos o Sacramento do Crisma. É o dia em que dizemos, com toda a certeza, que queremos continuar a seguir Jesus, com um compromisso mais maduro, conscientes do que significa ser cristãos no mundo de hoje.
Sabemos que ser jovem cristão não é fácil. Vivemos num tempo cheio de ruídos e distrações, cada vez mais marcados pela superficialidade, individualismo e instabilidade emocional. Muitas vezes, somos desafiados a esconder a nossa fé, a silenciar os nossos valores, a ceder à pressão de um mundo que parece ter perdido a sua fé. Contudo, é com muita emoção e entusiasmo que recebemos sucessivamente o chamamento da igreja, para à importância do papel dos jovens. Relembremos as palavras do Papa Francisco nas jornadas Mundias da Juventude no Panamá: “Jovens, vocês são o agora de Deus”. E é precisamente por isso que todos hoje dizemos “sim” com mais convicção. Todos, todos todos, dizemos que sim.
Queremos assumir o nosso papel na Igreja e no mundo, levando o amor de Cristo aos ambientes onde vivemos, estudamos e trabalhamos. Como disse há uns dias, Papa Leão XIV seremos um vulcão. Um vulcão de vida, de energia, de sentimentos, de ideias.
Agradecemos de todo o coração a sua Ex. cia. Rev.ma, o Senhor D. António Couto, por confirmar a nossa fé pelo Sacramento do Crisma, neste dia tão importante na nossa vida cristã e pelas palavras proferidas durante a celebração, sobre a presença no mundo de jovens “novos para um mundo novo” e do papel que estes têm como um pilar da Igreja Católica.
Agradecemos também a todos os presentes, que se juntaram a nós nesta celebração, em especial aos Páracos que nos acompanharam, padre José Abrunhosa e padre José Magalhães, à catequista Dra. Isolina Guerra, ao grupo coral dos jovens de Almacave, aos familiares e amigos presentes e a toda a Comunidade de Almacave.
Por fim, não podemos deixar de dar graças a Deus pelo novo Papa, que neste tempo marcado por guerras, divisões e tanto sofrimento no mundo, surge como sinal de esperança e unidade para toda a Igreja. Que o seu exemplo e as suas palavras nos inspirem a ser construtores da paz e do amor, começando nos nossos gestos do dia a dia. Pedimos a todos que rezem por ele, para que o Espírito Santo o guie e fortaleça nesta grande missão de servir a Igreja e o mundo.
Rezem também por nós, para que sejamos verdadeiros discípulos e testemunhos da fé cristã, e que, a cima de tudo, nunca tenhamos vergonha de ser cristãos.
João Pimenta, in Voz de Lamego, ano 95/27, n.º 4804, de 21 de maio 2025